Milhões de anos.
Milhões de anos e ainda somos
desse organismo a cerne, a carne.
A placenta que sangra e não grita, as mães.
Subjulgadas por suas crias e suas noções de sacro.
Quando nos tiraram o pagão
Nos tornamos profanas e definhamos
Como o que tinha a fruta que oferecemos à Adão
As crias, enfiam as mãos em nossa carne,
Ditam, nos torturam milenarmente.
Nosso órgão mais parece uma ferida aberta
Do que uma maçã.
"...Cada um cria seu mundo dentro de sua visão e audição. E fica prisioneiro dele. E de sua cela, ele vê a cela dos outros."
-Karl Engel

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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