"...Cada um cria seu mundo dentro de sua visão e audição. E fica prisioneiro dele. E de sua cela, ele vê a cela dos outros."
-Karl Engel

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Relato: Primavera

As pessoas pisoteiam o mato sem se questionar sobre a beleza das coisas escondidas. Uma hortência, em sua petulante beleza anil, é o senso comum do jardim. Ela é óbvia, gritante e comum.
Um dia, olhando um muro de hera, percebi pequenas florezinhas amarelas, minúsculas, de uma beleza sôfrega e tão pequenininha que chegava a ser emocionante.
Hoje, depois de ler um desejo- uma amiga que espera florescer os seus jardins- me dei conta que a esperança é uma dessas florezinhas sem vergonha... dessas que sempre pisoteamos, e que por puro altivez, ou até por pura ignorância, julgamos ser nada mais que mato. A flor, jamais ofendida, resnasce de novo, e de novo, o sol frágil e pequenino que aprendemos à amar .

3 comentários:

garfo sem dentes disse...

que bonito isso...
a primavera é mesmo tão simples e comum,

minúsculas flores que não deixam de ser importantes pelo tamanho...



a esperança é a última que morre,
assim como as flores pisoteadas
que tbm renacem sem dizer "ADEUS",
apenas gritando: "AO CAPETA"

hahaaaaaaaaaaaaaaahaahhaha
já pensou se fosse assim!!! (?)

bjs do Felipe Godoy

Ps.: Add teu blog numa lista de blogs que leio ... coloquei no Garfo sem Dentes, o//

Beatriz disse...

Ainda bem que essas florzinhas são fortes e nascem de novo...

eu disse...

Sim...essas pequenas flores...insistentes...Pretensamente gostaria de adicionar algo meu que de alguma forma se funde ao teu:
"hai kai(conceito sobre esperança)"
a menor e mais distante das chances
ao final não se tendo mais nada
se torna a maior e mais presente das chances...

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